quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Destaques do Jornal O Norte, em 31.01.2007




Pânico em Fórum de JP
Polícia é chamada ao Fórum Criminal e medo toma conta de todos, levando os juízes a cancelar as audiências ontem à tarde

Thais Cirino
Repórter
thais@jornalonorte.com.br



Uma ameaça falsa de bomba causou tumulto ontem no Fórum Criminal de João Pessoa. Após um telefonema anônimo recebido pela juíza substituta da 9ª Vara, Micheline de Oliveira Dantas Jatobá, de que haveria um artefato explosivo no 4º andar do Fórum, dezenas de pessoas tiveram que deixar o prédio por ordens diretor, o juiz Eslú Eloy Filho, e um grande efetivo policial foi mobilizado para o local. As audiências marcadas para o dia, também tiveram que ser adiadas.


A confusão começou por volta das 14h30 quando a juíza recebeu um telefonema que afirmava haver uma bomba no prédio. Dezenas de policiais federais, militares, bombeiros, do Pelotão de Choque e do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) compareceram ao local e, após horas de busca, não conseguiram detectar nenhuma bomba. Muitas pessoas que esperavam para participar de audiências não conseguiram assisti-las.


Foi o caso de dona Maria da Penha, de 65 anos. Pela terceira vez ela compareceu ao Fórum para participar de uma audiência que decidirá o futuro do neto que está preso a três meses. "Dizem que ele estava roubando, mas não sabemos se é verdade. A audiência nem tinha começado e eu estava esperando dentro do prédio", contou a aposentada.
O neto de dona Maria da Penha tem vinte anos e está detido por latrocínio no presídio Silvio Porto, em Mangabeira. Para a senhora sexagenária, a audiência tinha importância não apenas para que se discuta a verdade dos fatos, mas para que ela possa rever o neto. "Acabou que nós tivemos que sair e nem vimos ele", lamentou.
Revolta de advogados


Entre os advogados, muita revolta pelo dia perdido de trabalho. "Acho que isso é uma palhaçada, é lamentável. Nós precisamos trabalhar e alguns ficam fazendo trote", destacou o advogado Ângelo Rangel que estava na 3ª Vara Criminal. Entretanto, ele apoiou a ação do juiz diretor que mandou evacuar o prédio. "Acredito que ele procedeu da forma necessária, pois não tinha como arriscar", ressaltou.


O tenente Brito, do Corpo de Bombeiros da Paraíba, tem a mesma opinião e lembrou que o órgão estava pronto para atender qualquer emergência. "Os bombeiros sempre ficam na expectativa caso venha acontecer um problema maior", afirmou. Enquanto os bombeiros faziam o trabalho na retaguarda, os oficiais do Gate, chefiados pelo capitão Bisneto, utilizavam o equipamento anti-bombas para tentar localizar qualquer artefato, o que não se concretizou.
Mesmo com a ameaça, pelo menos uma audiência foi realizada na 1ª Vara, que fica no terceiro andar do prédio. A ação envolve três presos que estão sendo acusados de latrocínio. A direção do Fórum não se manifestou sobre o problema nem sobre as novas datas para as audiências que foram adiadas.


A juíza substituta da 9ª Vara, Micheline Jatobá é a responsável pela análise da ação que investiga a lavagem de dinheiro e sonegação fiscal que resultou na Operação Passe Livre, desencadeada há 15 dias pelo Ministério Público Estadual e polícias Militar, Civil e Federal, que resultou na prisão de dez pessoas acusadas de sonegação de R$ 2 milhões por mês. Na semana passada ela negou um pedido de prisão preventiva dos envolvidos que havia sido solicitada à Justiça.

Rapaz rouba moto para vender e pagar revólver

Um ex-presidiário revelou ontem à polícia que teve que praticar um assalto para roubar uma moto e vendê-la e pagar um revólver que comprara para usar num assalto anterior. José Carlos de Lima Pereira, de 19 anos, que saiu da Central de Polícia há três meses, voltou a ser preso sgunda-feira depois de assaltar um estudante que conversava com a namorada em Manaíra. Ele disse que resolveu praticar o assalto apenas para arrumar dinheiro e pagar a arma que tomou emprestado quando foi preso a primeira vez. “Se eu não pagar os caras me matam”, afirmou. José Carlos foi preso com um comparsa pela Polícia Militar após tomar uma mot segunda-feira. De acordo com a polícia, o estudante Leonardo José Amaro Leocádio da Silva estava na avenida General Edson Ramalho com sua namorada Socorro Lopes quando dois homens se aproximaram e anunciaram o assalto.


Armados de revólveres, os dois rapazes exigiram que o estudante entregasse as chaves da moto de cor preta, placas QGD-9698-PE. Leonardo José obedeceu às ordens dos marginais. Assim que os bandidos fugiram o estudante acionou uma viatura da Polícia Militar que passava pelo local.Leonardo Leocádio entrou no carro da polícia saiu em perseguição aos assaltantes. Poucos minutos depois a PM avistou os dois acusados, que ao perceberam a viatura se aproximando sacaram as arma e começaram a atirar contra os policiais.


Houve revide na troca de tiros o assaltante, Carlos Antônio Ferreira Eleutério, 20 anos que mora na rua Maria Luiza Cavalcante, 102, no conjunto Funcionários IV, foi atingido com um tiro na perna direita e não teve mais condições de correr.

Trio flagrado com armas na Operação Manzuá
Policiais militares do Posto 10 da Operação Manzuá, na saída para Natal, prenderam em flagrante no início da tarde de segunda-feira três homens que estavam portando dois revólveres calibre 38 com quatro munição cada um. Por volta das 14h30, um Fiesta de cor prata e placas MNJ-6730-PB passava pelo posto 10 da Operação Manzuá e os policiais se aproximaram para fazer a abordagem de rotina e perceberam que os acusados aparentavam nervosismo.
Os ocupantes receberam ordem para descer do carro para serem revistados, mas os PMs não encontraram nada com eles. A polícia resolveu revistar o veículo e quando retiraram o aperelho de som encontraram dois revólveres calibre 38 escondidos no compartimento.
Os policiais conduziram para a Delegacia de Santa Rita o auxiliar de produção André da Silva, 26 anos, que mora na rua Campos Sales, 342, no bairro de Santa Cruz, em Santa Rita, Rodrigo Cavalcanti Pereira, 23 anos, residente na rua Osvaldo Cruz, 92, no bairro Imaculada, em Bayeux e Fábio da Silva Pereira, 19 anos. Na delegacia, André da Silva e Rodrigo Cavalcanti confessaram serem os donos dos dois revólveres e por isso foram autuados em flagrante por porte ilegal de armas pelo delegado Carlos Alberto Ferreira.
De acordo com a polícia, Fábio da Silva Pereira é ex-presidiário e já cumpriu pena por tráfico de drogas. Os dois rapazes que foram autuados por porte ilegal de armas negaram as acusações de que estavam indo para a região do Vale do Mamanguape com o objetivo de praticar assaltos. Segundo eles, as armas seriam usadas em casos de necessidade de defesa pessoal.

PM apreende crack no Centro da Capital


O lavador de carros Jonas Alves dos Santos, de 19 anos, re-sidente no conjunto Marcos Moura, em Santa Rita, foi preso em flagrante na manhã de ontem portando 24 pedras de crack. Segundo informações do cabo Linaldo, do 1º Batalhão, ele vinha do Alto do Mateus e ao passar pela rua Maciel Pinheiro viu o acusado em atitude suspeita.
No momento em que os policiais se aproximavam, Jonas Alves dos Santos ainda tentou se livrar do crack, jogando uma pequena sacola de plástico no chão, mas os PM’s viram e pegaram a droga. No momento da prisão, o acusado ainda tentou subornar os policiais militares oferecendo a importância de R$ 600,00 e mais um aparelho de TV e um DVD em troca da sua liberdade.


Os policiais não aceitaram a “oferta”, e conduziram Jonas Alves dos Santos até a 2ª Delegacia de Distrital, onde o mesmo foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e corrupção ativa pelo delegado Francisco Deusdedit Leitão Filho. Ao prestar depoimento à polícia, Jonas Alves dos Santos confessou ser traficante de drogas. Ele revelou que comprou cada pedra de crack por R$ 5,00 para revender a R$ 10,00 obtendo um lucro de 100 por centro em cada pedra. Ele disse também que quando tinha 17 anos cumpriu pena de um ano e 2 meses no Centro Educacional do Adolescente, CEA, em Mangabeira por ter sido preso com maconha e loló.