segunda-feira, maio 21, 2007

21/05/2007 - 17:33
Governo quer piso nacional para todos os policiais

A exemplo do que está sendo feito com os professores, por meio do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), que buscará estabelecer um piso para os professores de todo o Brasil, o governo federal pretende criar, por meio do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania, um salário-base para os policiais de todo o País, inclusive os municipais.

A informação foi divulgada nesta segunda-feira (21) pelo ministro da Justiça, Tarso Genro. Ele não soube dizer, porém, qual seria o valor do piso salarial. Segundo Genro, o valor do salário-base ainda está sendo avaliado pelo corpo técnico do governo federal.

"A área técnica está estudando. Eu disse R$ 1.200, porque, para os padrões que a gente conhece no Sul do Brasil, é difícil a família viver com menos de R$ 1.200 por mês. Mas não há ainda um cálculo técnico", afirmou. A proposta fechada do Programa Nacional de Segurança Pública, segundo ele, deverá ser apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 31 de maio.

"O presidente me pediu que, no leque de projetos que vou apresentar no fim do mês, tivesse um fundo para complementar os salários dos policiais municipais envolvidos na segurança. A PM recebe salários descabidos para a função pública. O presidente falou que agora eu tenho que apresentar um Fundeb de salários para o setor de segurança. Ele quer dizer que aquele mesmo efeito regulatório para o desenvolvimento da educação básica no que se refere a salário, também quer para a segurança pública. Chamo a atenção que, no Fundeb, têm salários e têm recursos para outras coisas na educação básica", disse Genro a jornalistas.

O ministro da Justiça informou que, para complementar o salário dos policiais, seria formado um fundo, que funcionaria de forma transitória, por cinco, seis ou sete anos. Segundo ele, esse seria o tempo suficiente para que os estados ajustassem suas finanças para, posteriormente, assumirem os salários dos policiais tendo por base o piso estabelecido pelo governo.

Além do piso salarial para os policiais, Genro informou que o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania buscará ainda reequipar as polícias - também com armas não letais para diminuir a incidência de balas perdidas - e atacar a fonte dos problemas de segurança pública, entre elas a questão social. "Haverá uma articulação com os programas sociais para resgatar os jovens da criminalidade", explicou.


Fonte: G1.Globo

terça-feira, maio 08, 2007

"ENTREVISTA/ MATADOR DE ALUGUEL 21/04/2007 19:46
"Não é trabalho. Vejo como um complemento de renda"


"Fui vítima da bandidagem"

Por Diogo Menezes

Da Editoria de Cidades do Jornal do Commercio

Uma vida marcada pelo crime e para o crime. A ação de pistoleiros no Agreste de Pernambuco, nos últimos quatro anos, tem se tornado tão comum que muitas pessoas da região nem se assustam mais.

Apenas em Caruaru, a cidade mais populosa da região, de janeiro de 2003 até a última terça-feira, 667 pessoas foram assassinadas.

Alguns desses crimes podem ser atribuídos a um pistoleiro de 25 anos, que começou a matar aos 16. Após ser assaltado e ferido, ele se revoltou e resolveu fazer justiça com as próprias mãos.

“A primeira pessoa que matei foi o cara que me assaltou. Depois, não parei mais, mas prefiro matar por dinheiro”, diz.

Demonstrando frieza, ele aceitou conversar com o JC, desde que fossem omitidos seu nome e paradeiro.

Jornal do Commercio - Quantos crimes você já cometeu?

Matador de Aluguel - Foram muitos. Não costumo contar o número de vítimas.

Jornal do Commercio - Mas tem alguma idéia?

Matador - Acho que 30.

Jornal do Commercio - Todos os crimes foram encomendados?

Matador - A maioria deles. Mas também mato se tiver raiva de alguém. Se eu não gostar do cara, se ele fizer alguma coisa contra mim, mato sem pena. Mas prefiro matar sob encomenda.

Jornal do Commercio - Em quais cidades do Agreste você costuma atuar?

Matador - Qualquer uma. Basta me dizer onde está a pessoa que deve morrer que faço o serviço. Já fui contratado para matar um homem em São Paulo.

Jornal do Commercio - Você foi a São Paulo matar uma pessoa?

Matador - Peguei carona com um amigo. Procurei o cara. Depois que o identifiquei, cometi o crime e voltei de ônibus, sem problemas.

Jornal do Commercio - Como você costuma matar?

Matador - Da forma mais fácil que tem, com revólver calibre 38. Às vezes, também uso espingarda calibre 12. Mas gosto mais de revólver, porque é rápido e prático. Todos os pistoleiros preferem revólver, porque também é mais barato que pistola.

Jornal do Commercio - Depois de receber a encomenda, quantos dias você leva para matar?

Matador - Depende do lugar onde estou, do deslocamento que vou fazer. Mas, geralmente, é uma média de três a cinco dias.

Jornal do Commercio - Com quantos anos você matou pela primeira vez?

Matador - Aos 16. Mas não foi encomendado. Matei um cara porque ele me assaltou e me deixou deficiente. Me revoltei me vinguei. Descobri quem era, comprei uma arma e acabei com ele.

Jornal do Commercio - E, a partir daí, não parou mais.

Matador - Depois que você entra nessa vida, sair é complicado. O povo ficou sabendo que eu matava e associou minha imagem à de pistoleiro. Quando precisavam eliminar alguém, ligavam para mim e eu fazia o serviço. Quem tem inimigos e dinheiro para pagar a um matador, contrata mesmo.

Jornal do Commercio - Quanto você recebe para matar uma pessoa?

Matador - Depende. Se for uma pessoa de mais gabarito, que vai ser difícil matar por uma série de fatores, cobro mais caro. Já cheguei a receber R$ 8 mil por um crime.

Jornal do Commercio - E qual foi o pagamento mínimo?

Matador - Foi R$ 500, para matar um cara em Agrestina.

Jornal do Commercio - Você faz parte da quadrilha de Rosemário Bezerra de Menezes, presa em Caruaru pela Polícia Federal?

Matador - Não faço parte de grupo de extermínio. Trabalho sozinho. A pessoa liga para mim encomendando o crime, vou lá e mato.

Jornal do Commercio - Como você estuda a vítima?

Matador - Procuro observá-la, para saber com quem anda e quais os roteiros que costuma fazer.

Jornal do Commercio - Quantos tiros você costuma dar?

Matador - Depende da situação. Geralmente, dou cerca de três tiros, sempre na cabeça.

Jornal do Commercio - Como você recebe o pagamento dos homicídios?

Matador - Sempre à vista, depois que mato.

Jornal do Commercio - Alguma pessoa que te contratou para matar está presa?

Matador - Não. Estão todos soltos.

Jornal do Commercio - Você se arrepende de algum crime que cometeu?

Matador - Não. Fui vítima da bandidagem e resolvi me tornar pistoleiro. Além do mais, sou pago para fazer isso.

Jornal do Commercio - Você considera a pistolagem um trabalho?

Matador - Não. Eu trabalho em uma fazenda. Vejo como um complemento de renda."


Fonte: Blog de JAMILDO

DE OLHO NO SENADO: EMENDA CONSTITUCIONAL PRETENDE EXTINGUIR A PM

"PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 21, DE 2005

Dá nova redação aos arts. 21, 22, 32, 144 e 167 da Constituição Federal, para reestruturar os órgãos de segurança pública.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3o do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional:

Art. 1º A Constituição Federal passa a viger com as seguintes alterações:
§ 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, da polícia estadual e do corpo de bombeiros. (NR)"

"Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, com ações desenvolvidas nos níveis federal, estadual e municipal.

§ 1º ...............................................................................................


§ 2º Os Estados organizarão e manterão a polícia estadual, de forma permanente e estruturada em carreira, unificada ou não, garantido o ciclo completo da atividade policial, com as atribuições de exercer as funções de polícia judiciária e de apuração das infrações penais, de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública, e elaborarão legislação orgânica que regulamente o disposto neste parágrafo, e a disciplina e hierarquia policiais."


Em síntese, a PEC 21, de autoria do Senador Tasso Jereissati - PSDB/CE acarretará extinção completa da Polícia Militar. De olho no Senado amigos!

Mais informações em no site da PMMG.