terça-feira, junho 05, 2007

PROCURADO:JOSIVALDO CALIXTO DOS SANTOS (DOUGLAS)

Este indivíduo é um dos envolvidos no incidente registrado no bairro do Renascer III, em Cabedelo, quando dois policiais militares da 4a Companhia/1o BPM foram alvejados.
Há informações seguras de que o mesmo está armado , ao menos, com uma pistola (não se sabe o calibre) além de outras armas, visto que está em companhia de, ao menos, mais dois comparsas.
Responde a processos nas comarcas de Cabedelo, Alhandra e Caaporã, por roubo, homicídio e porte ilegal de arma. É fugitivo da Cadeia Pública de Allhandra, desde janeiro de 2007.

domingo, junho 03, 2007

MÍDIA & POLÍCIA FEDERAL
A navalha cega e o dia seguinte

Por Ângelo Augusto Costa em 29/5/2007

Agora, enfim, a imprensa mostrará se está à altura dos desafios de um país lacerado pela corrupção e desejoso de livrar-se do mal, ou se está conformada com o papel de caixa de ressonância de um setor da Polícia Federal. Por isso, duas pautas, a meu ver, impõem-se neste momento.

Primeira: o que a eficiência da Polícia Federal nas operações esconde? Qual é o segredo? Apenas o Estado de S.Paulo chegou perto, mas não muito, de mostrar que existe uma PF dentro da PF; e que essa PF-2, por assim dizer, é a responsável pelo sucesso das investigações – Navalha, Hurricane e outras. Uma PF sem as graves restrições materiais de outras unidades policiais, com dinheiro, tempo, homens e tecnologia para investigar. Essa PF conversa com o Ministério Público e com o Judiciário, negocia prazos e estratégias, organiza o trabalho para ajudar quem vem depois, monta relatórios e dossiês muito completos. Sabe qual é seu papel e tenta cumprir rigorosamente a lei. Tem o apoio total da chefia.

Duas polícias na mesma polícia

Ela também escorrega, claro. Se fosse mais ousada na apuração, a imprensa chegaria aos fracassos da nova PF, o que é uma boa história. Mas a melhor é que a PF-2 não quer nada com a outra, a PF-1, a da greve, das filas em aeroportos e delegacias, dos 40 dias para emitir um passaporte, dos inquéritos que vagam como zumbis moribundos, sem rumo, sem fim, entre um pedido de prorrogação de prazo e outro e ordens do Ministério Público jamais cumpridas por qualquer motivo fútil.

Em alguns inquéritos, só falta o delegado da PF-1 dizer que não despachou no prazo porque tinha de cortar o cabelo no Jassa. A esse respeito, lembrou o Estadão um fato curioso: a PF-2 não compartilha, nos estados, sequer os prédios da PF-1. Deveria ter acrescentado que, na sede da PF-2 em Brasília, quem é da PF-1 não entra sem estar devidamente autorizado: existe um rigoroso controle eletrônico de acesso.

A imprensa, no entanto, ignorou até agora essa história das duas polícias dentro da mesma polícia e atribui à PF inteira o que é próprio de um pequeno e seleto grupo. Daí ser necessário mostrar o outro lado: a PF que não funciona, a PF de todos os dias; a PF que o cidadão brasileiro tem de enfrentar em seu cotidiano; a PF que não investiga neca dulcineca por comodismo; a PF que finge trabalhar em seus prédios imponentes, caros e inúteis.


Fonte: Observatório da imprensa

sábado, junho 02, 2007

No Rio de Janeiro:

Polícia evita banho de sangue no Morro do Dendê e prende Marcelo PQD

Publicada em 01/06/2007 às 15h29m

CBN, Bom Dia Rio, RJTV e Marcelo Dutra - O Globo

Quadrilha do traficante Marcelo Soares de Medeiros, o PQD, um dos criminosos mais procurados do Rio, foi preso quando articulava tomada do Morro do Dendê / Domingos Peixoto - O Globo

RIO - Numa ação de inteligência, após três meses de investigação, a polícia evitou a invasão do Morro do Dendê e um banho de sangue na favela na Ilha do Governador, na madrugada desta sexta-feira. A Polícia Militar e a Polícia Civil se anteciparam a bandidos que preparavam a retomada do controle de bocas-de-fumo no morro e prenderam Marcelo Soares de Medeiros, o Marcelo PQD , um dos traficantes mais procurados do Rio de Janeiro e que estava foragido desde janeiro. Com ele foram presas outras seis pessoas. O secretário de segurança, José Mariano Beltrame, negou que haja relação entre os traficantes que invadiram o Morro Chapéu Mangueira , no Leme, e o bando preso na Ilha do Governador.

No bando havia quatro ex-paraquedistas do Exército e o funcionário do gabinete da deputada Cidinha Campos (PDT) Rony Ribeiro. Segundo a polícia, Rony fazia parte de um grupo conhecido como "Bonde do PQD" e era morador do Dendê. Ele era um dos traficantes que seguia na frente do bando durante invasões por habilidade e conhecimento em manusear armamento pesado. A deputada demitiu Rony assim que soube da notícia. Ele teria trabalhado normalmente nesta quinta-feira, e levado seu filho de quatro anos para o trabalho.

A quadrilha de Marcelo PQD planejava invadir o Dendê e matar o traficante que chefia a venda de drogas no local e que é conhecido como Fernandinho. Para a ação, os bandidos montaram base numa casa na esquina das ruas Boemia e Jaburana, perto da favela. Dali eles aguardariam a chegada de comparsas em carros para a invasão do morro. O bando só não esperava ser surpreendido pelos policiais, que cercaram a casa de madrugada, por volta de 1h.

Quadrilha do traficante Marcelo Soares de Medeiros, o PQ, foi presa quando articulavam tomada do Morro do Dendê . Os traficantes estavam em uma casa na Ilha do Governador, próxima ao morro/ Domingos Peixoto - O Globo

De dentro da casa, os bandidos informavam ter dois reféns, o que não se confirmou. Entre os presos está o morador da casa, que tinha cedido o espaço aos traficantes para a ação criminosa. As negociações levaram pelo menos seis horas e só foram concluídas às 7h30m, com a rendição dos bandidos. Às 5h da manhã, alguns parentes dos traficantes foram autorizados a atravessar a barreira policial para ajudar nas negociações. O dia já tinha amanhecido quando uma parente de Marcelo PQD saiu da casa, acompanhada de um delegado e com um telefone celular. Pelo aparelho, o bandido e a mulher dele anunciaram a rendição.

Marcelo PQD:

- Vou sair, aqui. Vou sair sem arma, vou sair sem nada.

Mulher:

- Ele tá se entregando, tô saindo do lado dele. Ele tá se entregando, tá sem arma nenhuma.

Logo depois, o grupo de sete homens começou a deixar a casa e a se entregar. Marcelo PQD foi o primeiro a entrar no carro da polícia. Durante toda a operação, homens da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (Core) e da PM, com as tropas de elite, como o Batalhão de Operações Especiais (Bope), cercaram todo o quarteirão no bairro Jardim Carioca, onde está a casa usada pelos bandidos.

Os primeiros moradores da vizinhança a acordar, se assustaram com o cerco policial nas ruas.

- Quando eu vi, eu me assustei, levei um susto danado. A gente vive assustado, porque vai trabalhar e não sabe se volta - disse uma senhora.

- Houve um confronto inicial, mas rápida, porque eles não tinham como fugir. Depois veio a negociação, que terminou às 7h30m - informou à Rádio CBN o comandante do 17º Batalhão da Polícia Militar (Ilha do Governador), coronel Célio da Cunha Pedrosa.

PQD saiu da prisão pela porta da frente

Marcelo PQD exigiu que os jornalistas acompanhassem a sua rendição. Os bandidos estavam com cinco fuzis e quatro pistolas, levadas para a Delegacia de Roubo e Furto de Automóveis, na Zona Norte. O diretor do Departamento de Polícia Especializada, Allan Turnowski, chegou a entrar na casa com parentes de Marcelo PQD para negociar a rendição.

Quadrilha do traficante Marcelo Soares de Medeiros, o PQ, foi presa quando articulavam tomada do Morro do Dendê . Os traficantes estavam em uma casa na Ilha do Governador, próxima ao morro/ Domingos Peixoto - O Globo

A polícia informou que o grupo que estava com PQD é de homens treinados e preparados para ações de confronto. Eles são conhecidos como kamikazes (pilotos suicidas de avião das Forças Armadas do Japão na Segunda Guerra Mundial) e vão na frente do bando nessas ações de invasão e retomada de bocas-de-fumo. Atrás deles vão outros integrantes da quadrilha, menos preparados e menos treinados.

Em entrevista ao RJTV, da TV Globo, Gilberto Ribeiro, chefe Polícia Civil, afirmou que o uso de ex-integrantes das Forças Armadas não siginifica que a polícia precisa se aperfeiçoar para combater as quadrilhas de crime organizado:

- A polícia não precisa de aperfeiçoamento. É evidente que a utilização de ex-integrantes das Forças Armadas representa um problema a mais para a atuação da Polícia civil e da Polícia militar. Mas o treinamento que os nossos policiais recebem é suficiente para minimizar esse tipo de vantagem que, em tese, a criminalidade poderia ter. Tanto isso é verdade que hoje conseguimos prender essa quadrilha, com tantos ex-paraquedistas.


Fonte: www.oglobo.com.br